





















Descrição
A propriedade situa-se numa cota elevada entre a vila de Aljezur e as praias de Monte Clérigo e Arrifana, donde se consegue disfrutar de vistas panorâmicas.
Os três edifícios existentes construídos em alvenaria corrente e betão, apresentam a necessidade de alterações profundas ao nível construtivo, pelo que se optou pela sua reconstrução. Apresentam uma implantação em forma de U, integrando-se harmoniosamente no terreno existente, abraçando uma área de praça ajardinada que acolhe uma diversidade de vegetação natural e uma charca. Organizam-se em dois níveis cuja diferença de cotas é parcialmente vencida por muros de suporte. Actualmente os espaços exteriores estão organizados de modo muito compartimentado tornando difícil a circulação e vivência plena do espaço. A vegetação existente é diversificada, combinando árvores e arbustos de espécies locais e espécies exóticas. A proposta arquitectónica reflecte a arquitectura tradicional através dos seus aspectos morfológicos e do recurso a materiais naturais e ecológicos como os blocos de cânhamo, madeira, cortiça, argamassas à base de cal, tintas minerais e o barro. Pelo exterior as paredes brancas evocam a cal muito utilizada na arquitectura tradicional algarvia.
A moradia unifamiliar (T5) contempla espaços de uso comum como a sala e cozinha, um escritório e uma despensa, um hall de entrada com casa de banho social e um corredor que dá acesso aos quartos, sendo um em suite. Num edifício distinto temos um estúdio, arrumos, lavandaria e área técnica. Propusemos esta alteração na configuração do edifício, deixa de ser um bloco continuo que faz uma ligeira quebra de ângulo, passando a estar separado e possuir uma cobertura plana tipo açoteia. Todos os compartimentos têm acesso directo ao exterior excepto as casas de banho e despensa. As zonas comuns têm uma relação franca com o exterior, a sul e nascente, cujas pérgolas de ensombramento convidam a estadia. A cobertura de duas águas com estrutura em vigas e forro de madeira que ficará à vista nos compartimentos interiores e, tecto falso no corredor, cozinha e escritório de forma a utilizar o espaço de sótão para arrumos. Os elementos em madeira à vista serão para pintar numa cor clara. A telha de canudo poderá ser reaproveitada, mantendo-se o beirado simples. As paredes exteriores serão rebocas com argamassa à base de cal e pintadas na cor branco. Na cobertura utiliza-se placas de cortiça e sub-telha. A caixilharia, portas e portadas em madeira. O revestimento de pavimento no interior em microlime excepto nos quartos que será em madeira. As paredes serão para rebocar e pintar, e, nas zonas húmidas o marmorino e mosaicos. Os mesmo materiais serõa utilizados no edifício anexo. O armazém será convertido num espaço amplo para aulas de Yoga e um balneário de apoio. Dispõe de portas amplas de forma a facilitar a sua utilização e prolongamento para um deck exterior. Optou-se por manter a cércea existente, as paredes e parte da estrutura, e uniformizar a sua fachada, revestindo com réguas de madeira tratadas, removendo as telhas que podem ser reaproveitadas. O empreendimento de turismo em espaço rural tipo Casa de Campo, oferece três unidades de alojamento um de tipologia T0 e dois de tipologia T1.
Todas as unidades têm acesso ao exterior a sul através da sala/cozinha. No caso do T0, a zona de estar transforma-se em zona de dormir, nos T1 temos um quarto e uma casa de banho, havendo no piso de cima uma mezanine com um quarto e uma pequena casa de banho. Os apartamentos têm entradas independentes do lado norte. Os materiais são idênticos aos utilizados na moradia de forma a garntir uma uniformidade. Prevê-se a instalação de um sistema de aquecimento central, tipo pavimento radiante a água com apoio de bomba de calor para o aquecimento das águas, o recurso à instalação de painéis fotovoltaicos. Nas salas está previsto instalar-se salamandra a lenha. As águas pluviais serão todas reaproveitas assim como as utlizadas nos sanitários provêm dessa reserva. Não se prevê grandes intervenções no exterior excepto na área envolvente à casa, de forma a reduzir o impacto, respeirtando o Parque Natural. O revestimento dos pavimentos exteriores é permeável às águas pluviais. Mantêm-se alguns muretes em pedra. Tanto nos pátios exteriores, como no caminho de acesso, teremos terra batida e gravilha fina tipo seixo de rio, sendo que esses caminhos são existentes e alvo de manutenção.